terça-feira, 2 de novembro de 2010

Revoltadamente falando, para não enlouquecer!

Para não enlouquecer de vez em quando eu quero apenas gritar.

Já que eles não querem me ouvir civilizadamente, e pelo menos se de fato eu pudesse conseguir as coisas no grito.

Para não morrer de raiva eu também já quis fazer sofrer aqueles que me fizeram chorar, e pelo menos se de fato isso aliviasse a tristeza, mas vejo que pelo contrário, eu iniciaria uma guerra sem fim.

Para não enlouquecer de vez eu quero apenas tampar os ouvidos

Ficar sem ouvir as inverdades esmagadoras.


As inverdades que dão razão a eles, e que por isso, mesmo que saibam bem no fundo que estão se equivocando, o importante é pelo menos parecer certo ou mais que isso, o importante é poder mostrar que eu sou errada dentro dos argumentos dados por eles.

Não se torna possível tampar os ouvidos por muito tempo. E nesse momento a obrigação de escutá-los se mistura com a vontade de saber o que estão dizendo, de entender. Eles já não fazem questão de falar por trás, diretamente querem ser ouvidos, pois bem, foram ouvidos, mais que isso, querem atingir de qualquer maneira, querem ferir, querem introduzir a sua raiva e dizer, eu posso, você não pode. Talvez eles tivessem razão se a quantidade de pessoas defendendo a mesma idéia alterasse o julgamento final, mas não, a quantidade de pessoas dizendo, gritando repetidamente o mesmo assunto não torna o mesmo uma verdade, apenas a inverdade fica mais gritante e suportá-la sem poder falar começa a se tornar impossível.

Depois de ouvir, de tentar entender, de calcular o que eu poderia fazer, a única certeza é que sentir as conseqüências de uma malvada mentira não faz sentindo, então eu me retiro, isolando-me nos meus pensamentos, fugindo para outro rumo, atrás da felicidade.

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